Título do Projeto
TABIHUNI: o Corpo na Arte Contemporânea e suas Interfaces Artísticas e Interculturais
Resumo do Projeto
Este projeto de pesquisa tem como objetivo, desenvolver estudos teóricos e práticos sobre a Performance, especificamente mediante reflexão sobre o corpo na arte contemporânea, tendo como referência as suas interfaces artísticas (Dança, Teatro, Artes Plásticas, Música, Circo e etc.) e interculturalidades (Ribeirinhos, Povos Indígenas, Quilombolas etc.) em diálogo entre a comunidade acadêmica da Universidade do Estado do Amazonas e artistas da cidade de Manaus. Ou seja, um olhar para o corpo; que pode compor a voz, que por sua vez pode compor o espaço; que por sua vez também pode compor o corpo e assim por diante criar uma ação performática.
Objetivo Geral: Desenvolver estudos teóricos e práticos sobre a Performance, tendo como referência o Corpo na Arte Contemporânea e as suas interfaces artísticas (Dança, Teatro, Artes Visuais, Música, Circo e etc.) e interculturalidades (Ribeirinhos, Povos Indígenas, Quilombolas etc.) em diálogo entre a comunidade acadêmica da Universidade do Estado do Amazonas e artistas da cidade de Manaus.
Referências
ALBERT, Bruce. KOPENAWA, Davi. A Queda do Céu — Palavras de um Xamã Yanomami. São Paulo: Ed. Companhia das Letras. 2015.
AZEVEDO, Suegu Dagoberto Lima. Agenciamento do mundo pelos Kumuã Ye’pamahsã: o conjunto dos bahsese na organização do espaço Di’ta Nʉhkʉ. Editora da Universidade Federal do Amazonas: Manaus, 2018.
BARRETO, João Rivelino Rezende. Formação e transformação de coletivos indígenas do noroeste Amazônico do mito à sociologia das comunidades. Editora da Universidade Federal do Amazonas: Manaus, 2018.
BARRETO, João Paulo Lima. Waimahsã peixes e humanos. Editora da Universidade Federal do Amazonas: Manaus, 2018.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
KRENAK, Ailton. A vida não é útil. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
KRENAK, Ailton. O amanhã não está à venda. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
KRENAK, Ailton. O lugar onde a terra descansa. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
MAIA, Gabriel Sodré. Bahsamori: o tempo, as estações e as etiquetas sociais dos Yepamahsã (Tukano). Editora da Universidade Federal do Amazonas: Manaus, 2018.
MUNDURUKU, Daniel. Vozes ancestrais: 10 contos indígenas. São Paulo: FTD Educação, 2016.
Título do Projeto
TECENDO DIÁLOGOS INTERCULTURAIS
Resumo do Projeto
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) possui uma politica de acesso diferenciada para grupos distintos. Em se tratando do atendimento da demanda indígena, a oferta se dá por meio das cotas ou reserva de vagas, estabelecida pela Lei Ordinária n° 2894/2004 do Estado do Amazonas. Essas, quando ocupadas, atendem alunos nos diferentes centros, núcleos e unidades da universidade em diversos cursos. As diferenças advindas dos sujeitos que adentram o espaço acadêmico precisam ser vistas como possiblidades de valorizar, aprender e compartilhar com diferentes culturas na produção do conhecimento. Pois a universidade, por sua natureza, deve ser um espaço de diálogo e de pluralidade. As diferenças não podem significar obstáculos, mas potencialidades de pesquisa e produção de novos conhecimentos. Segundo Candau (2012) a perspectiva intercultural da educação nos possibilita enxergar as diferenças culturais como vantagem pedagógica para a formação e um enriquecimento a ser contemplado no percurso formativo dos grupos que estão em relação. Tendo em vista que a Interculturalidade apresenta-se como um conceito polissêmico e vem assumindo no contexto latino-americano diferentes concepções, consideramos importante ressaltar que na perspectiva deste projeto, entendemos a interculturalidade “como um elemento fundamental na construção de sistemas educativos e sociedades que se comprometem com a construção democrática, a equidade e o reconhecimento dos diferentes grupos socioculturais que a integram. ” (CANDAU, 2012) Para tal, faz-se necessário descontruir ideias prontas, superar preconceitos, estabelecer novas relações que não estejam pautadas nos binarismos tão comuns na sociedade onde a diferença é vista como um problema a ser erradicado. Nesse sentido, Fleuri ( 2003 ) nos alerta que o diálogo intercultural só existe se houver uma relação intencional entre os seres dialogantes. Ou seja, é necessário que haja uma intenção do conhecimento mútuo, do aprender coletivo e da possiblidade de ensinar e aprender compreendendo que existem outras formas de conhecimento e de estar/viver neste mundo. Numa perspectiva crítica de interculturalidade, entendemos a importância de valorizar as diferenças e buscar romper relações binárias para construir relações simétricas entre os diferentes sujeitos presentes no contexto universitário. Neste sentido, a desinvizibilização dos conhecimentos produzidos pelos diferentes povos indígenas, por meio dos acadêmicos que adentram o contexto universitário nos leva a desafiar o pensamento abissal construído socialmente. ( Santos, 2009). Canclini (2015) afirma que a interculturalidade também deve ser um núcleo da compreensão das práticas e da elaboração de políticas. Assim, entendemos que a interação entre indígenas e não indígenas no espaço da universidade permite-nos um olhar mais atento para as diferentes culturas e suas contribuições para enriquecimento coletivo. Nesta perspectiva, ressaltamos a importância do projeto e a atuação de pesquisadores da UEA na área, cujas interlocuções tem possibilitado estudos e pesquisas, sendo, portanto, o nascedouro deste projeto de extensão. O projeto buscar desenvolver ações que promovam o diálogo intercultural no ambiente universitário, a visibilidade dass diferentes culturas presentes no espaço acadêmico e estimular as discussões sobre a interculturalidade. Pretende também fomentar o debate sobre as perspectivas de consolidação da politica de permanência destes sujeitos nos cursos onde estão inseridos. Pretende também desenvolver estudos teóricos e práticos sobre o corpo e sua expressividade, tendo como referência as suas interfaces artísticas (Ritual, Dança, Teatro, Artes Plásticas, Música, Circo e etc.) e interculturalidades (Ribeirinhos, Povos Indígenas, Quilombolas etc.) em diálogo entre a comunidade acadêmica da Universidade do Estado do Amazonas e comunidade em geral. Ou seja, um olhar para o corpo; que pode compor a voz, que por sua vez pode compor o espaço; que por sua vez também pode compor o corpo e assim por diante criar uma ação artística performativa.
Objetivos:
Geral: Promover o diálogo intercultural entre os indígenas e a Universidade.
Específicos 1. Desenvolver ações que promovam a interculturalidade na comunidade acadêmica;
2. Sensibilizar os docentes e acadêmicos para o diálogo intercultural,
3. Visibilizar as diferenças neste ambiente;
4. Suscitar discussões acerca da política de permanência dos acadêmicos indígenas na UEA,
5. Possibilitar a construção de novos conhecimentos;
6. Trabalhar com o corpo na perspectiva de criar uma ação artística performátiva.
Referências
CANCLINI, N. G. Diferentes, desiguais e desconectados. Trad. Luiz Sérgio Henriques. 3. ed. 1ª Reimpressão. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2015.
CANDAU, Vera M. . Diferenças culturais, cotidiano escolar e práticas pedagógicas, 2011. Currículo sem Fronteiras, v. 11, n. 2, p. 240-255, jul./dez. 2012.
SOUZA, M.I. P.; FLEURI, R. M. Entre limites e limiares de culturas: educação na perspectiva intercultural. In: FLEURI, R. M. (Org.). Educação Intercultural. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 53-84.
SANTOS, B. S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. (Orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009
Título do Projeto
Resumo do Projeto
Este projeto de extensão tem como finalidade propor uma intervenção às barreiras linguísticas apresentadas pelos acadêmicos indígenas em acompanhar as disciplinas, os estudos e os trabalhos dos cursos de graduação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Muitos nos procuram para expor essa situação, deixando-nos preocupados quanto ao índice significativo de reprovações por tais alunos. Como pesquisadores da questão indígena, não podíamos descartar tal problemática e, por isso, desenhamos um projeto de extensão que tem como base promover oficinas de Práticas de Leitura e Escrita em Língua Portuguesa, na perspectiva dos gêneros textuais e do bilinguismo, já que o público é formado por acadêmicos que tem o Português como L2
Objetivo Geral: Trabalhar e desenvolver as diferentes competências de leitura e escrita em língua portuguesa, na perspectiva do ensino como segunda língua, junto aos acadêmicos indígenas da ENS.
Referências
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
ARANTES, Marilza Borges. Apólogos, fábulas e parábolas: confluências e divergências. In: TRAVAGLIA, Luiz Carlos; FINOTTI, Luisa Helena Borges; MESQUITA, Elisete Maria Carvalho de. (orgs.). Gêneros de texto: caracterização e ensino. Uberlândia: EDUFU, 2008.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discursivo. In: Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BARRETO, Mônica Maria Guimarães Savedra. Bilinguismo e Bilingualidade: uma nova proposta conceitual. In: SALGADO, Ana Claudia Peters; BARRETO, Mônica Maria Guimarães Savedra (Orgs.). Sociolinguística no Brasil: uma contribuição dos estudos sobre línguas em/de contato: homenagem ao professor Jürgen Heye. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009.
CALVET, Louis-Jean. Sociolinguística: uma introdução crítica. São Paulo: Parábola, 2002.
CORBARI, Clarice Cristina. Atitudes Linguísticas: um Estudo nas localidades paranaenses de Irati e Santo Antônio do Sudoeste. Salvador: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal da Bahia – UFBA, 2013. Tese de Doutorado.
DA DAMATTA, ROBERTO. Relativizando uma introdução à antropologia social. 1981. Disponível em: < http://psicologiadevencedores.yolasite.com/resources/RELATIVIZANDO.%20DA%20MATTA.pd>. Acesso em 13 set. 2014.
DE HERDIA, Christine. Do bilinguismo ao falar bilíngue. In: VERMES, G.; J., Boutet (Orgs.). Multilinguismo. Campinas: Unicamp, 1989.
DORIAN, N. C. Linguistic and ethnography fieldwork. In: FISHMAN, J. A. (Ed.). Handbook of language and ethnic identity. New York: Oxford University Press, 1999.
FISHMAN, Joshua A. Sociolinguistique. Bruxelles/Paris: Labor/Nathan, 1971.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.